ESTADO
FIERGS projeta crescimento de 3,2% para o Brasil e de 4% para o RS em 2021
   
Presidente Gilberto Porcello Petry diz que indústria puxa retomada do País

Por Assessoria de Imprensa
08/12/2020 15h29

Após a grave crise da pandemia em 2020, que deverá provocar uma queda de 4% no PIB brasileiro e de 6,8% no gaúcho, a perspectiva é para as atividades econômicas estarem normalizadas no País entre março e abril de 2021, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). A expectativa foi revelada nessa terça-feira (8), durante a entrevista Balanço 2020 e Perspectivas 2021, apresentada por transmissão online. Como consequência disso, para o próximo ano a projeção é de crescimento de 3,2% para o PIB do Brasil e de 4% para o do RS, mas ainda insuficientes para recuperar as perdas. “O setor industrial puxou o serviço e a recuperação do PIB no país no terceiro trimestre deste ano, a indústria de transformação cresceu 23% e a indústria como um todo, 14%, para o PIB conseguir subir 7,7%. Isso mostra que a indústria de transformação é o setor mais rápido para ajudar na retomada”, disse o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
De acordo com o presidente da FIERGS, apesar de a dívida pública ter crescido demais durante 2020 em função da crise, o auxílio emergencial criado pelo Governo Federal alcançou 67,8 milhões de brasileiros, ajudando a retomar a economia e evitando problemas sociais graves, como uma população sem recursos para subsistir. “Uma coisa é certa: 2021 terá de ser efetivamente, e isso é um esforço para o setor empresarial, bem melhor do que foi 2019, pois 2020 não pode ser objeto de comparação. Na realidade, para todos nós é como se não existisse. Mas é importante serem feitas, em 2021, as reformas para acertar o país e melhorar sua atividade”, reforçou.
Segundo a Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da FIERGS, a queda do PIB mundial chegará a 4,4% em 2020, afetado por uma crise profunda por conta da necessidade de distanciamento social. Esse fato provocou um choque negativo na oferta, pois a produção de bens e serviços teve de ser paralisada, causando um efeito dominó, derrubando a demanda, o preço dos ativos e os investimentos. A contração do PIB brasileiro foi recorde no primeiro semestre de 2020: -11%. O terceiro trimestre, porém, mostrou uma forte reação, com mais de 7% de aumento. “É uma retomada em V bem clara. A crise provocou impacto nas atividades industriais entre março e abril, com quase 30% de recuo. Agora, já está 0,2% acima do nível pré-pandemia no Brasil”, explicou o economista-chefe da FIERGS, André Nunes de Nunes, lembrando o fato de o Rio Grande do Sul, que está 0,3% acima do nível anterior ao da pandemia, ter sido prejudicado também pela estiagem, com perdas de 41% na soja e 32% no milho, por exemplo.
Nunes observou que a pesquisa Sondagem Industrial de novembro, realizada  pela FIERGS, revelou que 45% dos empresários gaúchos acreditam em uma normalização da atividade ainda no final do primeiro trimestre de 2021, e 55% esperam aumento da demanda nos próximos seis meses.
Assista à entrevista coletiva completa no link https://youtu.be/FT6zFcm3Ee0
e a publicação do documento com o balanço de 2020 e perspectivas para 2021 em https://www.fiergs.org.br/numeros-da-industria/balanco-economico-e-perspectivas

   

  

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