Tapejara avançou na formação cidadã dos estudantes com a implantação das primeiras Cooperativas Escolares do município, desenvolvidas em 2025 por meio da parceria entre a Sicredi Altos da Serra RS/SC e a Secretaria Municipal de Educação. A iniciativa integra o conjunto de ações da gestão Big-Gipe, que tem ampliado investimentos e parcerias para fortalecer uma educação participativa e alinhada às necessidades da comunidade escolar.

As Escolas Municipais Benvenuta Sebben Fontana, de Vila Campos, e Giocondo Canali, na área urbana, foram escolhidas para o projeto-piloto, que ao longo do ano desenvolveu competências de liderança, organização, participação e trabalho coletivo com estudantes do 6º ao 9º ano. A proposta aproxima práticas cooperativas do ambiente escolar e reforça o vínculo entre escola, comunidade e valores de cooperação.

O programa foi estruturado com base na metodologia gamificada Cooperlândia, aplicada pela assessoria especializada da Sicredi Altos da Serra RS/SC. Os estudantes receberam materiais pedagógicos específicos utilizados nas formações e nos registros das atividades. Professores orientadores e grupos de alunos cumpriram sete missões preparatórias que antecederam a constituição das cooperativas, com desafios práticos, jogos e atividades de planejamento coletivo.

As responsabilidades do programa foram definidas por meio de convênio. A Sicredi Altos da Serra RS/SC responde pela metodologia, pela assessoria técnica e pelas formações; a Secretaria Municipal de Educação coordena o acompanhamento pedagógico, integra as escolas e oferece suporte institucional; e a Prefeitura de Tapejara, por meio da gestão Big-Gipe, garante as condições estruturais e organizacionais necessárias para a execução das ações.

As Assembleias de Fundação foram realizadas nos dias 17 e 18 de novembro e oficializaram o início das cooperativas estudantis. Os encontros reuniram o prefeito Evanir Wolff (Big), o vice-prefeito Rodinei Bruel (Gipe), a secretária de Educação Jaqueline Palma, vereadores, equipes diretivas, professores, pais, estudantes e colaboradores da Sicredi Altos da Serra RS/SC. Também esteve presente o presidente da cooperativa, Mario Antonio Maurina, acompanhado de membros da diretoria e da equipe técnica. A participação da comunidade escolar reforçou o caráter coletivo do programa e o compromisso do município com ações de formação cidadã.

Na Escola Giocondo Canali, 25 estudantes participaram da fundação. A professora orientadora Grazzyella Zanchetta Vieira afirma que o programa passou a integrar a rotina da escola. “Os estudantes vivenciaram etapas de planejamento e execução de atividades. Aprenderam, de forma prática, a cooperar, decidir coletivamente e assumir responsabilidades. A cooperativa é permanente e cresce a cada ano.”

Na Escola Benvenuta Sebben Fontana, 20 estudantes fundaram a Bencoop. Para a professora orientadora Valéria Dal Bosco, o programa dialoga com a realidade local. “Seguimos a metodologia da Sicredi adaptada à escola. O foco de 2025 foi a fundação. Em 2026, definiremos o ramo de atuação e ampliaremos a participação dos alunos.”

Além das atividades semanais, os estudantes participaram de formações mensais na sede da Sicredi Altos da Serra RS/SC, aprofundando conhecimentos sobre organização, gestão de grupos e liderança. A Secretaria Municipal de Educação acompanhou o processo, prestando suporte técnico e institucional para a execução das atividades.

Com estatuto próprio, diretoria eleita e conselhos formados pelos estudantes, as cooperativas iniciam 2026 com o desafio de definir seu ramo de atuação, etapa central da fase prática do programa. O segmento será estabelecido pelos cooperados, com base nos princípios do cooperativismo e na realidade de cada escola.

Na Escola Benvenuta, onde há projetos ligados à horta escolar, há possibilidade de aprofundamento em ações relacionadas à produção e à sustentabilidade. Na Escola Giocondo Canali, a definição ocorrerá na fase 2 da metodologia Cooperlândia, quando os estudantes terão contato com diferentes possibilidades antes de escolher o segmento mais adequado ao contexto urbano.

A Secretaria Municipal de Educação acompanhará indicadores como participação dos estudantes, engajamento nas atividades, cumprimento dos planos de ação, impacto na comunidade escolar e desenvolvimento de competências socioemocionais. Esses elementos orientarão o fortalecimento contínuo do programa.

A experiência de Tapejara já repercute na região. O modelo motivou tratativas para implantação em outros municípios, e há expectativa de expansão dentro do próprio município, com a possível adesão de novas escolas. A iniciativa consolida uma cultura de cooperação e participação entre crianças e adolescentes.

Para estudantes, professores, famílias e gestores, a fundação das cooperativas representa mais do que a criação de uma atividade escolar. Marca o início de um processo contínuo de formação cidadã, com foco na autonomia, na participação e na construção de uma escola integrada à comunidade.

Com a implantação das Cooperativas Escolares, Tapejara reforça uma proposta educacional baseada na cooperação, na responsabilidade social e no desenvolvimento humano, princípios que orientam a gestão Big-Gipe e que contribuem para uma educação estruturada, participativa e alinhada ao futuro.